Que pode uma criatura senão,
Entre criaturas, amar?
Amar é esquecer,
Amar é mal amar
Amar, desamar, amar?
Sempre, e até de olhos vidrados,
Amar?
Que pode, pergunto, o ser
Amoroso,
Sozinho, em rotação universal,
Senão rodar também, e amar? (...)
Amar a nossa falta mesma de amor,
E na secura nossa
Amar a água implícita, e o beijo tácito,
E a sede infinita.
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