sábado, 3 de janeiro de 2015

POEMA FELICIDADE.


Ela veio bater a minha porta e falou-me, a sorrir, subindo a escada: Bom dia árvore velha e desfolhada.
E eu respondi: Bom dia, folha morta!
Entrou e nunca mais me disse nada.
Até que um dia
(Quando, pouco importa!)...
Houve canções na romaria torta
E houve bandos de noivos pela estrada...
Então chamou-me e disse:
“Vou-me embora!” Sou a felicidade vive agora da lembrança do muito que te fiz!
E foi assim em plena primavera, só quando ela partiu, contou quem era...
E nunca mais eu me senti feliz.
(Guilherme de Almeida)


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